Saturday, April 28, 2012

350

O movimento 350 (http://www.350.org/pt) pretende alertar para as alterações climáticas. Para isso, lança o desafio de as comunidades se unirem, ligando-se entre si, de modo a criar um impacto positivo na opinião pública.
O nome do movimento remete para 350 partes por milhão de CO2. Se não conseguirmos ficar abaixo desse número, dizem os cientistas, os danos causados pelo aquecimento global que são já visíveis vão continuar e acelerar. Mas 350 é mais que um número – é um símbolo da meta para onde precisamos nos dirigir enquanto planeta.
 
Deixamos aqui alguns dados para refletirmos:
- se continuarmos com a mesma pegada ecológica (www.pegadaecologica.org.br), em 2030 precisaremos de 2 planetas Terra; 
segundo um indicador produzido pela organização não-governamental Social Watch, existe uma profunda assimetria entre os níveis de bem-estar básicos dos países do hemisfério norte e sul; 
por dia, 30 pessoas são consideradas falidas em Portugal.
Estes factos parecem desligados uns dos outros, mas a verdade é que precisamos de mudar a forma como olhamos o mundo, a sociedade e cada homem. As pessoas não são números e a natureza não está ao nosso serviço, só nos foi emprestada. Temos de consumir menos e com mais responsabilidade, utilizar energias limpas, reutilizar o que for possível e reciclar sempre.
Age hoje, o futuro é nosso!

Saturday, April 21, 2012

Bendita crise! Rumo ao 350...

No início do ano, um amigo russo a viver no Cazaquistão, cuja economia tem crescido muito graças ao petróleo, perguntou-me se estava tudo bem comigo e com a minha família, já que tinha ouvido falar de uma crise em Portugal e na Europa e receava o que isso pudesse implicar (como revoluções sociais e dificuldades financeiras). Disse-lhe que tinha ouvido corretamente. Contudo, a crise que lhe chegou através dos jornais, tratava-se de uma crise económica fruto de gestões financeiras narcísicas e megalómanas de banqueiros e governos, alastrando-se a todos os níveis sociais, com pedidos de empréstimos para tudo… para ir de férias ou para comprar algum eletrodoméstico. Naturalmente, chegou-se ao ponto em que não mais havia dinheiro para pagar os empréstimos contraídos, numa sucessão de cartas a caírem desde o topo até à base e da base até ao topo.
Há, então, muita conversa à volta da crise, quase todos estão muito preocupados com os cortes e a falta de subsídios. Claro que há claros motivos de preocupação, contudo é tempo de oportunidade para uma transformação social, acertar com o essencial e retomar o sentido que nos leva a realizar mais vida e maior felicidade. Como sociedade temos estado a trilhar um caminho sem sentido de consumismo desenfreado, poluição, exploração da natureza, muitos têm vivido orientados sufocadamente para o trabalho e o dinheiro, de depressões, individualismo, de menos contactos humanos diretos e pessoais, menos lazer, menos qualidade e menos realização e por aí fora. Por isso, penso que as crises são sempre boas para desenvolver, repensar e recriar as prioridades da pessoa, da família e da sociedade e reinventar novos modos de respeitar e cooperar com a natureza, os seres humanos e conectar com a Transcendência, o Universo, Deus, a Mente Cósmica, como lhe queiram chamar.
Uma prioridade é marcada pelo número 350! Este é o nível máximo de segurança apontado pelos cientistas para o nível de CO2 atmosférico, ou seja, 350 partes por milhão de CO2 na atmosfera. Partimos atualmente de cerca de 390 ppm (in www.350.org), valor que causa problemas diretos na saúde humana, no aquecimento global, no desgelo dos glaciares, na subida das águas e na maior probabilidade de catástrofes naturais. Trata-se pois de evitar a completa catástrofe.
O cientista da NASA, Jim Hansen, e outros cientistas reconhecidos, sugerem objetivos concretos:
1. parar de queimar carvão altamente poluente o mais depressa possível;
2. reduzir a desflorestação e melhorar a conservação do solo, bem como deixar de poluir os oceanos para permitir que os chamados “sumidouros”, sistemas naturais que absorvem o CO2, possam restabelecer-se;
3. reduzir drasticamente o uso de todos os outros tipos de combustíveis fósseis, como o petróleo, areias asfálticas e gás natural.
Isto leva-nos à equação simplificada:
Energias Renováveis + Proteção das Florestas + Transportes Ecológicos + Melhor Eficiência = + Vida

Alguns dirão que os maiores efeitos de mudança estão nas mãos de estruturas governamentais, que redigem e implementam as políticas do topo para a base, mas a consciência e o exemplo verdadeiros têm outros meios de ação: começam numa pessoa que partilha com a vizinha do lado, alastrando e conquistando mais e mais pessoas até que pelo caminho ou em última instância quem faz as leis e as políticas tome consciência de que uma nova realidade é possível.  
Façamos todos, nós começámos no nosso “quintal” aqui ao lado ;)


Tuesday, April 17, 2012

Dançar aos 85









Dizem que crise significa oportunidade!

Muitas vezes, na nossa vida somos confrontados com situações difíceis que nos põem à prova, parecem-nos muito difíceis de ultrapassar, mas quando conseguimos nesses momentos agir com discernimento, refletir acerca dos nossos comportamentos e tentar mudar, mais tarde percebemos que essa crise nos ajudou a crescer e a melhorar!
                        
Ora, este período que vivemos, em que tudo parece tao difícil e até impossível de resolver, não será uma ótima oportunidade para repensarmos o caminho que, como pais, comunidade, ou até individualmente, levamos e aproveitar o mote para mudarmos e quem sabe mudar para um caminho mais sustentável e mais próspero?

Hoje, encontrei uma senhora de 85 anos que me contou que faz voluntariado, ajuda a preparar sacos com alimentos para as famílias mais necessitadas, disse-me também que pratica dança de salão. Eu fiquei admirada e ela explicou-me: “tento por tudo manter a alegria de viver”!

Fez-me pensar. Ora, não deveria ser esse o objetivo de todos nós? Mantermos a chama ativa? Não nos resignarmos ao fatalismo de que tudo está fora de nós e começarmos a procurar as soluções dentro de nós!

Olhar mais para os outros, dançar! Olhar mais para o verde que brota das árvores à nossa volta e olhar mais para a nossa terra mãe, afinal esta nunca nos falha quando tudo parece à volta parece ruir...

Já experimentaram deitar umas sementes à terra e ver o que acontece?


Texto: Fátima Costa

Imagem: http://oplanetaquetemos.blogspot.pt/

Monday, April 9, 2012

Eu escolhi andar de bicicleta!


As cidades onde vivemos estão cheias de carros e, na maioria das vezes, estes só circulam com uma pessoa, ocupam muito espaço e não partilham nem um metro de asfalto com as pessoas que andam a pé ou de bicicleta. Não precisamos de carro para tudo, nem do stress negativo que nos ele transmite em diversas situações; na realidade, há muito maior liberdade na  pessoa que pode escolher a forma como se move do que naquela que anda sempre dentro de um carro no meio do trânsito, todos os dias, depois do trabalho. Para mover-me pela cidade, eu utilizo a bicicleta porque posso chegar a todos os lugares que quero, a qualquer hora, e muitas vezes mais rápido  do que o carro.

Andar de bicicleta faz-nos mais felizes e sorridentes, somos mais saudáveis e tornamo-nos pessoas mais criativas, pois deslocamo-nos com verdadeira liberdade, no mais amplo sentido da palavra. Estamos mais conscientes e sensíveis ao mundo que nos rodeia porque o respeitamos e amamos em cada pedalada. Não diria que a bicicleta é um estilo de vida, mas antes que uma vida mais feliz para todos passa por utilizar a bicicleta como meio de transporte nas cidades.

Eu comecei a andar de bicicleta por todo o Porto e já não vou parar porque me sinto bem! O meu corpo está ativo!

De segunda a domingo, de dia e de noite, com vento e com sol, a única coisa que precisas é a tua imaginação.

Miguel Thomas